Polícia

Após abandonar júri, advogados de Georgeval Alves confirmam que continuarão no caso

Após o advogado Pedro Ramos, que responde pela defesa de Georgeval Alves, acusado de torturar, violentar e matar o enteado Kauã e o filho Joaquim em 2028, abandonar o plenário durante julgamento que não aconteceu no último dia 3 na 1ª Vara Criminal de Linhares, o profissional disse que vai continuar no caso, cuja nova data para o júri está marcado para 18 de abril.

“Nós nunca abandonamos o caso. Nós abandonamos o plenário”, disse o advogado.

No dia 3 de abril, minutos após começar a sessão, o advogado justificou que “por ameaças sofridas pela defesa, não somente no âmbito pessoal como no familiar”, e com a intensificação dessas não só no campo virtual nos últimos dias, deixaria o plenário.

“A advocacia criminal não se faz de joelhos”, declarou no dia. Na ocasião, o profissional afirmou ainda que não existe imparcialidade do júri para que o julgamento ocorresse em Linhares.

No dia previsto para o início do julgamento, o advogado estava usando colete balístico no plenário, por recomendação da Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo(OAB-ES).

Após deixar o plenário, o juiz Tiago Fávaro Camata, da 1ª Vara Criminal de Linhares, entendeu que a posição da defesa de Georgeval foi a de abandono de causa. O jurista também determinou que o advogado Deo Moraes retornasse para defender o réu pago pelo Estado como advogado dativo.

O juiz também determinou que cada um dos quatro advogados que compõem a atual defesa do réu paguem multa de 50 salários mínimos, o equivalente ao total de aproximadamente R$ 260 mil, pelo abandono do júri, no dia 3 de abril.

Até a última terça-feira(11), de acordo com o Tribunal de Justiça do Espírito Santo, não constava nos autos a comprovação de pagamento da multa ou de interposição de algum recurso.