Pelo segundo ano consecutivo, a atividade econômica do Espírito Santo fechou em alta. Em 2022, o índice de crescimento foi de 1%. Apesar do saldo positivo, a indústria capixaba apresentou uma queda de 9,7% no ano passado.
Se por um lado a inflação e o desemprego caíram e o consumo das famílias aumentou, por outro, a instabilidade do mercado externo freou o crescimento da economia local.
Os setores que tiveram alta em 2022 foram o de agropecuária (7,1%) e de serviços (5%). Os dados fazem parte do Indicador de Atividade Econômica (IAE) da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e foram divulgados nesta quinta-feira (16).
Apesar da queda de quase 10%, os empresários estão otimistas para 2023. A presidente da Findes, Cris Samorini, afirma que a indústria do Espírito Santo vive um processo gradual de transformação. Cris lembrou que de 2006 a 2021, os empregos formais de setores com maior valor agregado aumentaram 18% na indústria capixaba.
No campo da arrecadação, em termos reais, a indústria avançou de R$ 1,53 bilhão para R$ 2,76 bilhões em um intervalo de quatro anos (2017-2021), representando 17% de todo o ICMS do Espírito Santo de 2021. “Além disso, até 2028, o ES receberá mais de R$ 36,4 bilhões em 289 projetos, sendo que oito em cada dez estão na indústria”, declarou. Os dados fazem parte da Bússola do Investimento da Findes.
A economista-chefe da Findes e gerente-executiva do Observatório da Indústria, Marília Silva, explica que o ano trouxe algumas adversidades, que fizeram com que os números apresentassem queda.
“Esperava-se um processo de normalização das cadeias globais de suprimento, após dois anos de pandemia, além de expectativas quanto às mitigações da crise hidroenergética que aconteceu em 2021. Porém, o conflito na Ucrânia alterou as expectativas para o ano”, comenta a economista.
Por: Azulinho News
